Hospital Regional de Luziânia inaugura serviço inédito de triagem e visita em domicílio
O Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), que administra o Hospital Regional de Luziânia (HRL), numa parceria com o Governo de Goiás, desenvolveu um sistema remoto para mapear os grupos de risco e ajudar quem está em casa a saber quando procurar um médico.
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Nas cidades onde o Imed administra hospitais de campanha, com atendimento especial a pacientes com Covid-19, casos suspeitos que requeiram atenção, são orientados por telefone e recebem visitas de enfermeiros.
Dois carros com equipes de enfermagem munidas de oxímetros, medidores de pressão e temperatura realizam atendimentos das 8h às 18h de segunda a sexta-feira.
Triagem digital
O interessado deve apenas acessar o site do hospital e responder algumas perguntas sobre suas condições de saúde. Em seguida, preencher seus dados pessoais e endereço. Os resultados saem na hora permitindo que as pessoas descubram a partir daquele procedimento seu grau de risco.
Se a tabulação dos dados, em tempo real, resultar em estado crítico a pessoa é orientada a procurar um serviço de saúde. Mas em Luziânia, onde o programa “A gente se importa” foi implantado, o morador receberá uma ligação de um profissional de saúde e, dependendo da condição, uma visita de uma equipe de enfermagem para já fazer a triagem e encaminhamento para o hospital.
O serviço também comtempla pessoas que passaram pelo ambulatório do HRL com sintomas moderados e foram orientados a ficar em casa. “A partir das respostas a várias perguntas de rotina, os usuários poderão receber uma classificação automática de risco durante o isolamento e, nos casos de sintomas mais característicos, eles passam a receber um acompanhamento diário”, explica Getro de Oliveira Pádua, diretor do Imed.
Triagem x diagnóstico
Vale lembrar que nenhum dos profissionais que visitam o paciente estão aptos a fazerem o diagnóstico da doença. O que se faz pelo questionário, pela conversa e pela medição dos parâmetros de saúde é uma triagem para verificar se há a urgência da remoção da pessoa para o hospital especializado ou se ela pode se curar com o isolamento. O teste que confirma a doença é feito no hospital.
A recomendação dos especialistas em saúde para pessoas que estão com sintomas de gripe e temem estar com coronavírus é o isolamento domiciliar, sendo que a unidade de saúde deve ser procurada apenas em casos de falta de ar.
Mapeamento por telemedicina
Ao monitorar casos suspeitos e em isolamento domiciliar o sistema mapeia a situação em cada localidade e serve de parâmetro para as autoridades sanitárias tomarem providências.
A central telefônica funciona com funcionários treinados para orientar os pacientes e de olho nos monitores da plataforma, estão na sede da empresa. Eles conduzem a conversa com os pacientes por meio de chat. O morador receberá uma ligação. Na tela o enfermeiro ou psicólogo marca as respostas que indicarão a necessidade de visita e pede permissão para enviar o carro.
Na mesma hora a equipe de prontidão, que fica baseada em Luziânia, recebe a informação e coloca o endereço na rota da visita para triagem domiciliar. Verificada a necessidade de remoção faz-se o chamado para o HRL avisando a necessidade de internação. Havendo necessidade de remoção o hospital manda a ambulância própria ou o Samu.
Reprodução: Jornal Opção