Agressões contra mulheres crescem na Cidade Ocidental durante pandemia

Ficar em casa tem sido uma válvula de escape para fugir da doença do coronavírus, mas tem sido também um cárcere para agressões físicas e verbais contra mulheres. São casos de homens que agridem e humilham suas esposas, filhas e enteadas todos os dias.

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De acordo com dados da Secretaria da Mulher de Cidades Ocidental, o número de agressões nesse período de isolamento social tem crescido demasiadamente. De janeiro a junho de 2019 foram registrados 53 casos de agressões domésticas no município e no mesmo período de 2020 foram 120 casos.

Em março do ano passado aconteceram seis casos de agressões, e em março deste ano, quando o Estado de Goiás teve boa parte do comércio fechado, chegou a registrar 28 casos.

Somente no primeiro semestre de 2020 a Secretaria registrou 120 medidas administrativas, passando o número total de todo o ano de 2019, que foi de 105 medidas.

Nós conversamos com a secretária de Políticas Públicas da Mulher, Carmen Cunha, que apontou as principais dificuldades para chegar em algumas mulheres. Ela deu o exemplo de um caso de feminicídio que aconteceu no município. “Após o homem ter matado a esposa, os vizinhos disseram que as agressões estavam acontecendo há alguns dias, mas ninguém teve coragem de denunciar. Isso prejudica o trabalho. Poderia ser uma vida salva hoje”, relatou.

Secretária de Políticas Públicas da Mulher, Carmen Cunha.

Por: Bruno Barbosa/ Jornal O Grito
Foto/ Reprodução: Bruno Barbosa/ Jornal O Grito

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