Conheça o relato da mãe que sofreu agressão da própria filha dentro de casa
Os casos de agressões contra mulheres na Cidade Ocidental nem sempre são recorrentes de homens, mas em alguns casos são frutos de outras mulheres, mas que também veem de dentro de casa. O Jornal O Grito está fazendo uma série de matérias sobre agressões físicas e verbais que mulheres sofreram no últimos meses.
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Desta vez falaremos de Cinthia Santos (Nome fictício para preservar a identidade verdadeira), que sofreu diversos tipos de abusos dentro de casa e precisou de acompanhamento na Secretaria de Políticas Públicas da Mulher de Cidade Ocidental.
Cinthia já foi comerciante e responsável por uma linha de ônibus na Cidade Ocidental, ela conta que tem quatro filhos e uma delas a agrediu verbalmente e fisicamente, ao ponto de ter que fazer terapia com uma psicóloga do município.
A filha de Cinthia era casada e tem três filhos, um deles é cuidado por Cinthia. Certo dia a filha separou e juntou-se com outra pessoa, mas pediu uma medida protetiva para o ex-esposo, o que impossibilitou que a avó também tivesse contato com alguns dos netos.
A partir daí, Cinthia relatou que começou a sofrer agressões verbais que a fizeram ter indícios depressão e ansiedade, logo depois, a filha partiu para agressões físicas.
“Eu agradeço imensamente todo o carinho e dedicação que tenho recebido durante as terapias que tive durante vários dias. Geralmente uma terapia particular você marca cada sessão para quinze dias ou até uma vez ao mês, mas aqui consegui um acompanhamento semanal”, conta a vítima sobre o auxílio da Secretaria da Mulher.
Cinthia ainda completou falando sobre o relacionamento dela com a filha. “Eu ainda tenho problemas com minha filha, mas toda a equipe aqui me acolheu muito”.
A mãe relata ainda que recentemente encontrou o atual namorado da filha em um supermercado e foi coagida publicamente, ele é policial militar. Cinthia foi até a delegacia denunciar o agressor mesmo com questionamento de pessoas da igreja na qual ela frequenta dizendo que “mulher ir na delegacia é pecado”, mas ela não quis saber disso e foi procurar seus direitos.
“Nessa confusão eu apanhei da minha filha, apanhei da minha neta”.
“Essa entrevista é ótima, tem que ajudar mesmo. Porque igual eu, tem muitas mulheres ai que estão com problemas psicológicos e não tem alguém para orientar. Igual aconteceu recentemente aqui na Ocidental um suicídio que a mãe matou ela e o bebê”, finalizou.
Por: Bruno Barbosa/ Jornal O Grito