Maioria das mulheres agredidas na Cidade Ocidental são de famílias religiosas
De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Políticas Públicas da Mulher de Cidade Ocidental, o maior número de mulheres agredidas no município acontece em famílias religiosas. As informações disponibilizadas são entre os meses de janeiro a abril de 2020, que aponta que das 39 mulheres que sofreram alguma agressão, 22 são de famílias tradicionalmente católicas, evangélicas ou umbandista.
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A secretária da Pasta, Carmen Cunha, conta que o número era maior no ano de 2019, mas que depois de um trabalho feito em parceria com a Secretaria de Assistência Social nas igrejas o número tem diminuído. Porém, ela também aponta que parte das agressões são ocultadas por alguns lideres religiosos.
Conversamos com uma mulher, que preferiu não se identificar, e ela nos contou que sofria muitas agressões dentro de casa pelo marido, mas que ao contar a situação para o pastor da igreja na qual ela frequentava o mesmo pedia para ela não denunciar e orar pelo agressor que isso iria acabar um dia. “Ele me disse que lugar de mulher não é na delegacia”, afirmou a vítima.
Violência Doméstica e Familiar
De acordo com a Lei Maria da Penha (11.340/06), a violência doméstica e familiar se configura como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A relação que está mais associada à violência doméstica e familiar contra a mulher é aquela entre homem e mulher, sejam eles cônjudes ou casal de namorados.
No entanto, apesar dessa forma ser a mais recorrente e corriqueira no Brasil, a violência doméstica e familiar contra a mulher também está associada a relações de parentesco e vínculo entre país, avós, tios, irmãos, vizinhos e também em relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Fonte: Cartilha Campanha Mete a Colher.
Por: Bruno Barbosa/ Jornal O Grito