Padre que afirmou que a criança estuprada ”gostava de dar” é afastado da igreja e será investigado
O pároco, padre Ramiro José Perotto, pertencente à igreja de Carlinda (MT), foi afastado da comunidade religiosa após se envolver com polêmicas na terça-feira (19/08). O padre teceu comentários maldosos sobre a menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio no Espírito Santo e ficou grávida. Ele escreveu nas redes sociais que a vítima ”gostava de dar”.
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A Polícia Cívil de Mato Grosso abriu na última sexta-feira (21/08) uma investigação para apurar se o padre Ramiro José Perotto, de Carlinda, a 774 km de Cuiabá, cometeu apologia ao crime de estupro ao fazer comentários em sua rede social. Na abertura do Termo Circunstanciado de Ocorrência, o delegado responsável pelo caso, Pablo Bonifácio Carneiro, pediu cópias de uma entrevista que o pedre concedeu à uma rede de televisão, além da ficha de antecedentes criminais e possíveis boletins de ocorrência contra ele.
Ramiro será intimado a prestar esclarecimentos à Polícia Civil sobre as mensagens. Além da Polícia Civil, foi aberto outro procedimento de investigação no Ministério Público do Mato Grosso. Um ofício foi encaminhado a igreja para que informe as providências administrativas de apuração da conduta do pároco. O MP também pediu instauração de procedimentos investigativo criminal, para averiguar possível cometimento de crime de apologia ao estupro, na modalidade de incentivo.
Centenas de pessoas acessaram a página do Instagram do Padre Ramiro, antes dele desativá-la, para repudiá-lo após comentários que ele publicou no perfil do Facebook, também já desativado.
Em matéria publicada no site Mato Grosso ao Vivo, o padre confirma as postagens. Vale ressaltar que o sacerdote assumiu a igreja de Carlinda, após o antigo líder se envolver em uma polêmica de assédio sexual.
Reprodução: Midia Ninja