Renovação no Legislativo esbarra na fraca participação popular

A eleição municipal de novembro antecederá uma data importante para a Cidade Ocidental. No dia 9 de dezembro, a cidade estará completando 30 anos de emancipação política. Em 1990, a maioria dos ocidentalenses votou a favor da emancipação e o distrito se tornaria Município. A sensação de liberdade e de mudança foi a principal bandeira defendida naquela época. Hoje, 30 anos depois, o que podemos observar é que a mudança acabou dando lugar para o conformismo. A fraca participação popular vem contribuindo para que políticos se perpetuem no poder e a tão propagada “renovação” vai ficando apenas na teoria, pois na prática.

Às vésperas da escolha dos candidatos que irão disputar uma vaga no Poder Legislativo, a sensação é de que os vereadores eleitos em 2016, podem garantir mais quatro anos de mandato. E isso já é até esperado na grande maioria dos municípios brasileiros, já que quem detém um mandato é mais conhecido, é experiente e possui uma base consolidada.

Provavelmente o leitor deve lembrar o fato de que em 2016 apenas seis dos 13 vereadores foram reeleitos, mas lembre-se também que dos 13 vereadores existentes naquela oportunidade, apenas Afonso Baiano, Danielzinho, Douglas Martinho, Kedma Karen, Rodolfo Valente, Sávio Meireles, Zé Divino e Moacir Dias disputaram a reeleição, já que Marcelo Araújo desistiu de concorrer o pleito e Paulo Rogério, Lula Viana, Fábio Correa e Rogério Mourão se candidataram a prefeito ou vice.

Sendo assim, dos oito vereadores que disputaram a reeleição, apenas dois não se reelegeram. E como explicar essa sensação do “mais do mesmo”, se é evidente o movimento em prol da renovação no Poder Legislativo? Além de ser mais conhecido, ser experiente e ter uma base consolidada, os atuais vereadores contam com a fraca participação popular que, se nas redes sociais a participação é maciça, nos trabalhos desenvolvidos pela Casa de Leis essa participação é quase zero. “São seis sessões ordinárias por mês e chega a ser constrangedor assistir a essas sessões com a presença bem pequena de pessoas. Isso demonstra a falta de interesse para com o nosso Município. Como falar em renovação se quem pode colocar essa renovação em ação pouco se importa com o que acontece na Casa de Leis? Ou a população participa ou ela vai conviver com os políticos de sempre”, lembrou um analista político ouvido pela nossa reportagem.

Dos 15 parlamentares que foram eleitos em 2016, devem disputar a reeleição os vereadores Afonso Baiano, Danielzinho Lima, Pastor Léo, Frank Denis, André Fernandes, Robson Campos, Marcelo Buiu, Rony Gás, Sávio Meireles, Eliezer Batista e Ivone Souto. O sucesso desses nomes nas urnas depende unicamente do eleitor, que decidirá se quer mesmo renovação ou mais do mesmo.

Por: Da Redação/ Jornal O Grito

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