Covid-19: Como os estudantes e professores lidaram com o ano letivo à distância

Em 2020, a pandemia de Covid-19 afetou o cotidiano de pessoas em todo o mundo, mostrando como o ser humano tem a capacidade de se adaptar a diversas situações. O ano letivo, por exemplo, precisou se reinventar. Em Cidade Ocidental, instituições públicas e privadas tomaram as medicas necessárias para transmitir conhecimento para jovens e crianças que não estavam familiarizados as aulas online.

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A experiência do ensino online é bastante individual, dividindo opiniões entre estudantes, pais e professores. Giovanna Cavalcante, 16 anos, é aluna do Colégio Estadual Ocidental (CEO) e está cursando o 2º ano do Ensino Médio, para Giovanna o aprendizado tem sido complicado e ‘’arrastado’’, com uma carga horária pesada, ela precisa se esforçar ainda mais para aprender o mínimo das matérias.

Para Ana Beatriz Alves, de 14 anos e também estudante do Colégio Estadual Ocidental (CEO), considera uma boa experiência as aulas online, com professores compreensivos que buscam explicar da melhor forma. Ana Beatriz conta com o apoio dos seus pais e irmãs para estudar e seus pais aprovam o método de aulas online. No Colégio Santo Antônio (CSA), Lauane Sobreiro de 18 anos esta no segundo ano do Ensino Médio e a experiência não está sendo positiva, por se tratar se uma pessoa dispersa. Graças à rotina de trabalho dos pais, e para auxiliar na qualidade do aprendizado de Lauane, eles apoiam o regresso das aulas presenciais.

Se para os alunos a dificuldade é grande, para os professores que estavam familiarizados há anos com o ensino presencial, o problema é maior. Lucimar Madero, Secretária Municipal de Educação há 16 anos, acredita que os alunos não estão aprendendo, porém não haverá reprovações. Uma professora que preferiu não se identificar acredita que os pais não aprovam as aulas remotas, mas aceitam por medo do vírus, acabando não tendo escolha.

De acordo com ela, alguns pais questionam o motivo de tudo ter voltado ao ‘’normal’’ exceto as escolas, ‘’ A falta de informação a população esta gerando muitos questionamentos. ’’ afirma ela. Apesar de preferir não se identificar, a professora expressou sua revolta com a metodologia do município, que de acordo com ela entrega apenas uma folha por dia como atividade.

Ela sugere formas alternativas para levar o ensino as crianças que não tem acesso a internet, como parceria com empresas para doação de celulares mais antigos, desenvolvendo aplicativos gratuitos para os alunos assistirem aulas e manter contato com o professor, no lugar de continuar com todo o descaso com as alunos que estão há mais 6 meses sem aulas presenciais.

Todos os profissionais afirmaram que não há previsão para a retomada as aulas presenciais, e a previsão é apenas após a vacina contra o COVID-19 estar em circulação. Nesse período, os alunos e professores precisarão continuar se reinventando e com esforço máximo para assimilar as informações e o ano letivo não ser perdido.

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