Cobradora sai para entregar comida à vizinha, é atropelada e morre no Entorno
Uma cobradora de ônibus morreu após ser atropelada por uma moto, em Pedregal, bairro do município de Novo Gama (GO) — distante cerca de 35km de Brasília. Íris Maria Lima Gonçalves, 51 anos, saía de casa na virada de ano-novo, no sábado (1°/1), na Parada 15, para levar um prato de comida a uma vizinha, quando foi atingida pelo condutor. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Base, mas não resistiu aos ferimentos e morreu neste domingo (3/1). O motorista fugiu do local sem prestar socorro.
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Íris prestava serviço havia mais de três anos para a TNG Transportes, empresa do Novo Gama. Por meio das redes sociais, a TNG lamentou a morte da funcionária: “Hoje, a família TNG está de luto. Perdemos uma grande companheira. Que Deus conforte os corações de amigos e familiares”, escreveu a empresa.
Ao Correio Braziliense, Keli Patrícia, 23, amiga e também cobradora, relatou que o condutor da moto fazia manobras arriscadas e aparentava estar embriagado quando atingiu a vítima. “Infelizmente, quando ela estava indo levar o prato de carne assada para a vizinha, esse homem a atropelou e ela caiu desacordada no chão”, detalhou. Até a última atualização dessa reportagem, ninguém havia sido preso. A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) investiga o caso.
Após o acidente, Íris foi encaminhada ao Hospital de Base. Segundo relataram amigos e familiares, a mulher não conseguiu vaga na unidade de terapia intensiva (UTI), mas não conseguiu vaga. O Correio questionou a Secretaria de Saúde sobre a situação, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
Companheira
Íris estava afastada havia alguns meses do trabalho em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, mas, segundo conta a amiga Keli, a cobradora pretendia retornar ao serviço nesta semana. “Nosso patrão está em choque. Inclusive, estamos tentando falar com ele desde que soubemos da notícia e não conseguimos”, disse.
Agora, parentes e amigos clamam por Justiça. “Quem a conhecia sabia que ela não fazia mal a ninguém. Se ausentou por conta do covid-19 e, infelizmente, aconteceu esse homicídio, pois a pessoa que empina uma moto embriagada assume o risco de matar”, afirmou Keli. “Ela era uma pessoa alegre, tinha inocência de uma criança. Não fazia mal a ninguém, era uma super mãe e uma super avó”, completou.