Clínica de reabilitação é interditada após denúncias de maus-tratos e tortura, em Valparaíso de Goiás
Uma clínica de reabilitação para dependentes químicos foi interditada em Valparaíso de Goiás após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) receber denúncias de que os pacientes eram vítimas de maus-tratos e tortura. No local, foram encontrados um facão, cordas e um pedaço de madeira que podem ter sido usados nas agressões.
Conforme a investigação, a clínica era clandestina, pois não tinha alvará de funcionamento. Segundo a Polícia Civil, o proprietário do Centro Terapêutico Lions de Valparaíso de Goiás mora em São Paulo e não foi encontrado. A reportagem também não conseguiu localizar o responsável pela clínica nem a defesa dele.
Foram ouvidas na delegacia 46 pessoas, entre 20 e 70 anos, que estavam em tratamento na clínica. Os funcionários também prestaram depoimento e foram liberados pela polícia.
De acordo com a investigação, os parentes dos pacientes pagavam de R$ 800 a R$ 1,2 mil por mês pela internação.
A operação envolveu a Polícia Civil, o MP-GO, a Guarda Civil Metropolitana de Valparaíso de Goiás e a Vigilância Sanitária estadual. Segundo a Polícia Civil, os responsáveis pela clínica serão investigados pelo crime de tortura.