Um ano após 1º morte de Covid-19 em Goiás, família de Luziânia continua a enfrentar desafio do luto

Um ano se passou desde que a técnica de enfermagem aposentada Maria Lopes de Souza, de 66 anos, morreu de Covid-19. Moradora de Luziânia, ela foi a primeira pessoa a perder a vida para o coronavírus em Goiás, no dia 26 de março de 2020. A família dela teve de lidar com o luto em uma época na qual havia também muito preconceito, falta de estrutura, dúvidas sobre a contaminação e a escalada de mortes nos 12 meses seguintes, o que tornou o processo ainda mais difícil e dolorido. 

O fato de a epidemia ter saído do controle, de impedir o contato físico com os parentes e amigos importantes nos momentos de profunda tristeza, de o coronavírus continuar rondando a todos não só em Luziânia ou Goiás, mas no mundo inteiro, de haver pessoas não adotando as medidas preventivas sugeridas por especialistas e de estarmos novamente em um momento crítico, com a rede hospitalar perto do colapso e as mortes ocorrendo em um ritmo mais alto e inédito, torna todo o processo de luto da família de Maria Souza ainda mais duro. 

“Dá a impressão que o tempo não passou, parece que a gente ainda tá preso lá no início da pandemia. Além de conviver com a dor, com a saudade, ainda fica esse medo, essa insegurança de todos os dias, de contrair esse vírus e passar de novo por tudo isso. É uma preocupação excessiva, mesmo com os cuidados redobrados, a gente fica com medo”, comenta a professora Iara de Souza Meireles, de 45 anos, filha da técnica de enfermagem aposentada. 

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