Festas clandestinas continuam sendo um problema no combate a pandemia nas cidades do Entorno
Mesmo com decretos municipais que proíbem aglomeração, as festas clandestinas continuam sendo um problema no combate à pandemia. Prefeitos das cidades do Entorno têm usado as plataformas virtuais para pedir a população que não se reúnam em grandes grupos e evitem festas, mas não tem sido escutados, de acordo com as rondas.
Em Cidade Ocidental, o Gabinete de gestão da crise sanitária pediu à população que respeitasse o distanciamento social já que a cidade está próxima ao limite das unidades de saúde. O grupo do qual o prefeito Fábio Correa participa afirmou que a ronda feita pela Polícia Militar flagrou muitos comércios desrespeitando as regras durante o feriadão.
O secretário de segurança pública, Marco Aurélio, relatou que diversas festas e reuniões foram dispersadas pela força tarefa que está circulando pela Cidade Ocidental durante o feriado da Semana Santa. Os números totais ainda não foram divulgados pelos órgãos de segurança, mas a estimativa é que mais de 80 pontos de aglomeração tenham sido visitados para garantir o isolamento social e o sossego dos moradores.
Em um dos locais de festa irregular, os fiscais registraram mais de 400 carros estacionados na região conhecida como Árvore de Ferro. A reunião deveria durar dois dias mas foi interrompida pela força tarefa. De acordo com o secretário, o evento tinha até pulseiras de identificação personalizadas com o nome do aniversariante.
“Infelizmente, a gente não consegue estar em todos os lugares, então é muito importante que você denuncie para que a gente possa visitar as casas, visitar os locais de festa. Uma coisa que a gente percebeu, as pessoas já tinham desculpas prontas. Era só minha família, era só pouca gente, mas a secretaria de saúde tem nos passado que o agravamento da doença é rápido e que a pessoa entra (no hospital), fica sete dias e depois ao invés de voltar pra casa a tendência é ir para o UTI”, disse o secretário de segurança pública.
Os membros do gabinete voltaram a incentivar fortemente o uso da máscara de proteção facial. Foi lançada na cidade a campanha “Você me protege, eu te protejo” que visa conscientizar a população sobre a boa utilização do ítem. Lembrando que nariz e boca devem sempre estar bem cobertos e que o tecido deve estar bem ajustado ao rosto para evitar o espalhamento do vírus pelo ambiente.
Por conta do aumento de casos, a equipe disse que está reforçando todos os protocolos de prevenção a COVID-19 pela cidade. Os ônibus, por exemplo, estão sendo fiscalizados para que não circulem lotados e disponibilizem álcool em gel, além de que nenhum passageiro embarque sem máscara facial. Segundo o prefeito, essas são prioridades que estão sendo cobradas pessoalmente por ele aos órgãos de fiscalização.
Luziânia
Enquanto os casos de Covid-19 continuam aumentando dia a dia, diversos casos de aglomeração foram registrados. De acordo com a divisão de postura e a Guarda Civil Municipal da cidade, durante a vigência do decreto, 18 estabelecimentos comerciais foram autuados por estarem funcionando após as 20h. Apenas no feriado, foram aplicadas multas, que somadas chegam a R$12.000.
Além disso, 14 festas clandestinas foram fechadas após denúncias que partiram dos próprios moradores. Em uma delas, havia mais de 30 pessoas aglomeradas sem nenhuma proteção contra a Covid-19 como máscara ou distanciamento social. Lembrando que a cidade dispõe de apenas 90 leitos de UTI, 10 deles abertos de maneira emergencial, e apenas sete vagos de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado.
Diego Sorgatto reforçou por meio das redes sociais que apesar da vacinação de uma pequena parte da população, o vírus continua a circular fortemente na região. As doses, nessa quantidade, ainda não tem o poder de combater a transmissibilidade do coronavírus. O prefeito pediu à população que continue seguindo as medidas de prevenção a Covid-19, como o uso de máscara facial e álcool em gel e o respeito ao distanciamento social.
Por: Marcos Braz / Jornal O Grito