Servidor da prefeitura é preso por produzir e expor imagens intimas de mulheres em Valparaíso
Um servidor da prefeitura municipal de Valparaíso de Goiás foi preso em flagrante na última quarta-feira (19/05), acusado de fotografar, filmar e divulgar em grupos do WhatsApp, momento íntimo com mulheres, sem consentimento das vítimas. O homem identificado como Daniel Sena, de 44 anos, foi denunciado à equipe da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) por uma das vítimas, quando ela tomou conhecimento das imagens.
A vítima que se relacionava com Daniel há aproximadamente um mês descobriu os crimes através da galeria do celular dele, que de acordo com ela constava fotos de diversas mulheres, desde 2017. “Vocês não sabem o tanto que partiu o meu coração, o tanto que doeu meu coração, ver o tanto de menina, eu subindo o rolo na câmera dele, desde 2017 ele faz isso com as meninas aqui” afirmou a vítima. Através das imagens no celular de Daniel, é possível notar as semelhanças entre as vítimas, onde todas estavam dormindo, ou alcoolizadas, não tendo ciência dos registros.
O crime de registro não autorizado da intimidade sexual, também pode ser enquadrado na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) por violação da intimidade como um dos meios de violência psicológica, porém desde 2018 existe uma lei específica para esse tipo de crime (Artigo 216-B do código penal), que pode levar de detenção de 6 meses a 1 ano, mais multa. Daniel foi preso em flagrante pois tinha conteúdos sem autorização da vítima gravados a cerca de uma semana, e ainda não teriam sido divulgados nos grupos de WhatsApp.
“Vi várias fotos minhas íntimas no celular dele, enquanto eu tomava banho, sem eu perceber que estava tirando, me gravando o tempo inteiro, fazendo tudo”, desabafou a vítima. O homem tentou coagir a vítima quando soube do seu conhecimento sobre os conteúdos, declarando que ela iria se passar por mentirosa. Ao ser interrogado, Daniel permaneceu em silêncio, e após apuração foi encaminhado para o presídio de Valparaíso, onde irá aguardar julgamento.
A Redação / Jornal O Grito