Legislativo mantém rejeição das contas de Giselle Araújo e ela ficará mais 8 anos distante do poder
Dizem que um raio não cai no mesmo lugar e quando isso tem alguma relação com a política, notícia melhor não tem. Durante os últimos dois dias a Câmara Municipal de Cidade Ocidental tornou-se o centro das atenções devido à votação do balancete de 2014 referente às contas da ex-prefeita Giselle Araújo. O Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou as contas da ex-gestora alegando que ela ultrapassou os 54% permitidos para gasto com a folha de pagamento.
Ao invés de reduzir os gastos, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, Giselle Araújo ultrapassou os 56%, gerando prejuízos ao Município, uma vez que não deixou dinheiro em caixa para ressarcir os cofres públicos. O temor de que a ex-prefeita conseguisse reverter, outra vez, a decisão do TCM tinha lá os seus motivos.
Em 2020, justamente no apagar das luzes da legislatura passada, vereadores, por meio do criticado voto secreto, foram contra o parecer do órgão fiscalizador e aprovaram as contas de Giselle sem ao menos se aprofundarem quanto ao assunto. A decisão, na época, causou uma enorme indignação popular. Hoje (18∕06), no entanto, o compromisso com a população falou mais alto.
Dos 12 vereadores presentes à Sessão, 10 votaram pela manutenção da rejeição das contas referentes ao ano de 2014 e dois votaram contra a rejeição. Os vereadores Rony Gás (DEM), Robson Campos (REPUBLICANOS) e Dennys Cordeiro (PRTB) se ausentaram. O vereador e primo do ex-prefeito Alex Batista, Sávio Meireles (PSB), falou a respeito da ausência dos vereadores mencionados e defendeu o fim do voto secreto para votações de balancetes de ex-prefeitos. “Alguns vereadores não vieram, talvez porque sintam medo, receio ou alguma pressão de algum lado ou de outro”.
O ex-vereador Luiz Vieira também comentou sobre a votação. “Com relação aos balancetes da ex-prefeita, exercício financeiro de 2014, tendo o TCM se manifestado pela rejeição, na minha opinião não há outra alternativa é votar pela manutenção do parecer do TCM – REJEIÇÃO. Essa referida gestão dispensa comentários, foi a mais incompetente, sorrateira na aplicação dos recursos públicos e irresponsável no uso da família conluios administrativos”. Com a decisão mantida pelo Poder Legislativo, a ex-prefeita foi enquadrada pela Lei da Ficha Limpa e ficará oito anos inelegível.
Da redação / Jornal O Grito