Família ocidentalense de empresário acusado injustamente em 93 segundos busca justiça

Há exatamente 10 meses, um homem chamado Johan Daumeirie, casado com a brasileira Cristina Almeida foi acusado injustamente por um investidor nos Emirados Árabes Unidos, e desde então vive dentro de um quarto de hotel de forma precária, pois seu passaporte foi confiscado. Johan e Cristina são tios de Marília Stefany, moradora de Cidade Ocidental que busca justiça por seu tio, que está impedido de trabalhar e sair do país. Entenda a história de Johan Daumeirie, e como você pode ajuda-lo:

Marília procurou a equipe do jornal O Grito pois no dia 13 de junho, Johan foi convocado para sua audiência, levando o dossiê que ele preparou nos últimos 10 meses comprovando sua inocência. No tribunal, ele foi levado para uma sala que não era de audiência, onde permaneceu apenas com o juiz e o tradutor, impedindo o advogado de entrar. Durante a audiência foi concedido apenas 93 segundos para Johan se defender, onde ele se declarou inocente e apresentou suas provas documentais, que foram ignoradas pelo juiz. Dois dias após o julgamento Johan foi considerado culpado de Abuso de Confiança, condenado a permanecer preso até que a quantia de 230.000 euros ( R$ 1.268.629,81) seja paga.

A quantia cobrada pelo tribunal, é referente ao dobro do valor que uma família de investidores dos Emirados Árabes, investiu na empresa de Johan em Agosto de 2020. ”Depois de trabalhar em Dubai por quatro anos como funcionário, eu queria começar minha própria empresa no ano passado” afirma Johan a um site Belga que tem acompanhado o caso. A família acredita que a situação seja muito complicada, mas tem se esforçado para reverter a situação, e pagar a quantia o quanto antes, para que Johan possa retornar para seu país. As embaixadas Belgas e Brasileiras foram contatadas, mas não quiseram se comprometer.

Entenda a história

Johan e Cristina se mudaram para os Emirados Árabes pelas oportunidades de emprego divulgadas constantemente, e após quatro anos, decidiu abrir a própria empresa com a ajuda de uma família de investidores, que apresentou interesse em seu projeto. Segundo Johan, a equipe de desenvolvimento iniciou dia 01/08/2020 e três semanas depois foi notificado que o co-investidor havia sacado o dinheiro da conta da empresa, e enquanto tentava entrar em contato com eles, Johan foi convocado a comparecer na delegacia, onde foi informado da acusação de ”Abuso de Confiança” e o seu passaporte foi confiscado, o tornando ilegal no país.

Por ter se tornado ilegal, Johan vive em um quarto de hotel que é pago por amigos, e sua alimentação também ocorre por doação. Ele permanece no quarto desde agosto do ano passado, e desde então montou juntamente com seu advogado um dossiê provando sua inocência, com documentos, extratos bancários, contratos legais e outras evidências. Quando chegou o dia da audiência, a pasta não foi levada em consideração, e Johan foi acusado com base em uma reclamação oral, pois seus acusadores não apresentaram provas do crime. ”Esse homem parece vir de uma família de alto escalão e também exerce influência na corte ” desabafa o Belgo.

Johan segurando todas as provas documentais apresentadas e ignoradas pela justiça Árabe. Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal.

Enquanto Johan Daumeirie aguarda apoio da Belgica, para que a justiça seja feita, sua família brasileira realiza uma campanha para arrecadar os fundos necessários para pagar a quantidade exigida, e Johan não seja preso por tempo indeterminado. O prazo para o pagamento é curto, e Marília pede todo tipo de apoio, seja financeiro ou aconselhamento jurídico para a situação.

Para mais informações, entre em contato com Marília Stefany (61 – 9226-7385), e para saber mais detalhes sobre o relato de Johan e suas provas documentais, ele disponibilizou uma carta com seu número, o de sua advogada voluntária e da embaixada Bélgica. Para ler a carta clique aqui.

Por Karla Beatryz / Jornal O Grito

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