Por ineficiência das empresas de transporte, passageiros do Entorno se arriscam com transporte pirata

Não é novidade que, nos últimos anos, a utilização do transporte pirata explodiu. Ineficiência das empresas de ônibus; excesso de congestionamento; falta de flexibilidade no serviço; péssima qualidade dos ônibus. Essas e outras várias questões são indicadores que podem nos fazer entender o aumento do serviço pirateado.

Apesar de irregular, a prática é muito comum, especialmente em Cidade Ocidental, J. Ingá e Valparaíso. Loteiros, vans e ônibus irregulares fazem a rota Entorno –> DF.

Em janeiro, segundo uma reportagem do Metrópoles, o transporte pirata explodiu na Pandemia, chegando a ter um aumento de 42% apenas no DF. Imagine este número no Entorno.

Recentemente, moradores de Valparaíso de Goiás relataram sofrer com a ausência de transporte para levar os filhos para a escola. Além do asfalto ruim e preço das passagens, usuários questionam a qualidade do transporte.

“Não tem ônibus. Antigamente tinham, né?! De hora em hora. Tinha a Anapolina. As vans que vinham de hora em hora não têm mais”, diz Clarete Mendes, moradora de Valparaíso de Goiás.

E para corroborar ainda mais este argumento da ineficiência e descaso das empresas de ônibus, recentemente o DF fez uma reportagem que trouxe esses questionamentos da população, bem como o R7 já tinha noticiado semanas antes. E como se já não bastasse pagar altíssimo pelas passagens, a população paga em dobro pela má gestão e descaso das empresas de ônibus.

Há 8 meses, o GDF assumiu a gestão do transporte semiurbano entre o Entorno e o DF. São 396 linhas. Os passageiros, até então, não viram grandes mudanças.

Infração gravíssima

Apesar de tudo citado anteriormente, é importante ressaltar que, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar com o veículo efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade competente, é considerado infração gravíssima. Além de sete pontos na carteira, o proprietário deve pagar multa no valor de R$ 293,47 e pode ter o veículo removido e encaminhado para o depósito do Detran-DF.

Victor Souza – Jornal O Grito.

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