Grafiteiros transformam becos de Cidade Ocidental em galerias de artes a céu aberto
No último domingo (31), os becos da Cidade Ocidental ganharam mais vida através de artes feitas por grafiteiros do município e de outras regiões. A iniciativa partiu dos artistas Oberon Blenner (nome artístico Oberas), Paulo Victor (Trapo) e Melquesideque Farias (Mios), e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
As quadras que tiveram os muros coloridos com as expressões dos artistas foram da SQ 15, a partir do Colégio Estadual Ocidental (CEO), até a SQ 17. No total, mais de 70 grafiteiros de Taguatinga, Luziânia, Planaltina, Águas Lindas, Ceilândia, Gama, Valparaíso e Cidade Ocidental participaram do projeto.
Para o grafiteiro Oberon, transformar os becos em uma galeria a céu aberto faz com que os cidadãos que por ali passam tenham uma outra visão da cidade e da vida. Para ele, a arte pode transformar a cidade e deixá-la mais bonita para aqueles que habitam.
“É importante ocuparmos os espaços urbanos com arte, cores e vida. Nossa proposta visa dar uma outra cara para locais outrora mal vistos, desvalorizados e esquecidos, mas ainda sim tão importantes para nossa cidade que são os becos que a cortam”, complementa Oberon.
A ideia de transformar as paredes dos becos da cidade em arte foi inspirada em encontros de grafiteiros que aconteceram por todo o país. Eventos como o Origraffes no Espírito Santo, o Fest Povos na Estrutural, o Beco da Codorna em Goiânia, e outros que buscam revitalizar espaços urbanos através do grafite, com a presença de diversos artistas de diferentes estilos.
De acordo com o grupo, a meta é pintar inicialmente todos os becos que cortam a cidade, da SQ 11 a SQ 19, e futuramente outros espaços importantes, como o Ginásio de Esportes, escolas públicas e praças, sempre com artistas profissionais, sem apologias e sem viés político. Apenas a arte do grafite, com cores e ideias próprias da cultura Hip Hop e da cultura brasileira como um todo.
Da redação – Jornal O Grito.