Ocidentelense de 17 anos aguarda há 17 dias por cirurgia após cair da fachada de prédio enquanto trabalhava

A moradora de Cidade Ocidental, Izabela Medeiros, de 17 anos, que ficou gravemente ferida após cair da fachada de um prédio, em Águas Claras, no Distrito Federal, aguarda há 17 dias para fazer uma cirurgia no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

O acidente ocorreu em 28 de setembro, e a jovem ainda precisa colocar um pino e uma placa no pé direito. Izabela teve uma fratura exposta após a queda. A mãe dela, Jandira Medeiros dos Santos, conta que o procedimento já foi desmarcado duas vezes.

“Eles falaram que ia ser na semana passada, logo no começo da semana. Aí, não marcou. Quando foi na quarta-feira, eles marcaram, no feriado. Aí ela ficou de jejum até às 15h. Suspenderam, e depois fizeram de novo. Falaram que ou hoje (14) ou quarta-feira que ela ia”, diz.

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Em nota, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) informou que Izabela segue internada aguardando a melhora da pele e tecidos para cirurgia definitiva, e que o procedimento está agendado para a próxima quarta-feira.

A espera pela cirurgia tem deixado mãe e filha angustiadas. Segundo a família, a direção do HRC informou que só há um profissional apto a fazer o procedimento, e que ele precisou ser desmarcado porque apareceram outras urgências na frente.

No entanto, segundo Jandira, a filha não aguenta mais ficar no hospital. “Para a gente ficar aqui no hospital, é ruim demais, a gente mora na Cidade Ocidental. Então, é longe. Não tem como”, explica.

Acidente

Izabela fazia a impermeabilização da fachada de um shopping, em Águas Claras, quando caiu de uma altura de sete metros. A jovem tem 17 anos e a legislação brasileira proíbe que menores de 18 anos trabalhem em condições insalubres e em alturas superiores a dois metros.

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A adolescente usava um equipamento conhecido como “cadeirinha”, que estava quebrado, e se rompeu quando ela estava no alto. O gerente que supervisionava Izabela admitiu à TV Globo que tinha saído para descansar na hora em que ela caiu.

À época, a empresa JMC disse que sabia que Izabela era menor de idade, mas que queria ajudá-la. Também afirmou que presta apoio à família da jovem.

O caso é investigado pela Polícia Civil. O Ministério do Trabalho disse que os auditores fiscais vão fazer uma análise do caso, mas não deu um prazo.

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