Mototaxistas de Cidade Ocidental organizam paralisação para esta segunda-feira (20) no balão do Friburgo

Empresas e grupos de mototáxis de Cidade Ocidental farão paralisação das atividades nesta segunda-feira (20). A concentração está marcada para acontecer no balão do Friburgo, ainda pela manhã. O intuito é mobilizar a população contra alguns trechos estabelecidos no edital disponibilizado pela prefeitura, anunciado na última segunda (13).

No meio desta semana, a Prefeitura Municipal de Cidade Ocidental publicou um o edital de concorrência 001/2023 (Execução do serviço público de transporte individual de passageiros por meio de Mototáxi) para regularização dos mototáxis, estabelecendo uma série de obrigatoriedades para com os mototaxistas. A licitação está marcada para acontecer no dia 3 de abril, às 10h.

Os principais pontos que são questionados, tanto pelos pontos de mototáxis quanto pelos próprios mototaxistas, são:

  • Ser proprietário ou ter posse do veículo;
  • Ter o veículo com, no máximo, 7 anos de vida útil e em perfeito estado de conservação e funcionamento;
  • Estar matriculado em curso especializado, nos termos da regulamentação do Contran;
  • Possuir Habilitação, por pelo menos 2 anos, na categoria “A”;
  • Ter moto pintada ou envelopada predominantemente na cor amarela, assim como o capacete predominantemente amarelo.
  • Número máximo de permissões para exercer a função: 297.

Após a publicação do edital, uma onda de questionamentos surgiu, contestando a forma que estava sendo feita a regularização. “Os MOTOTAXISTAS levaram remédios para os doentes, levam pessoas aos seus destinos com segurança e eficiência e alimentos nas casas das pessoas que não podem sair. Eles merecem todo o nosso respeito e consideração. Eles colocaram a vida em risco muito elevado durante a Pandemia mundial de COVID-19 e todos os dias se arriscam no trânsito”, diz um internauta.

Segundo os organizadores do movimento, essa regulamentação pode gerar um aumento nas passagens, visto que menos profissionais estarão aptos a pilotar, além de diversos outros profissionais aptos correram o risco de ficarem de fora do número de vagas.

“Eles querem trazer segurança, porém querem cobrar uma moto nova de um motoqueiro que não tem condição de pagar nem a própria casa direito. Isso é demais”, diz uma funcionária de um ponto de mototáxi envolvida na paralisação. “A maioria dos motoqueiros não tem condição de comprar uma moto nova, nem pra pagar o curso de capacitação”, finaliza.

A redação do Jornal O Grito entrou em contato com alguns pontos de mototaxis da cidade e, ao que tudo indica, a paralisação está confirmada. Segundo declarações de diversos responsáveis pelo movimento, a ideia é que nenhum ponto funcione enquanto a manifestação durar.

Victor Souza – Jornal O Grito.

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