Moradores do Entorno podem ter novo reajuste de 12% nas passagens de ônibus em 2024

Apesar da falta de confirmação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros (Anatrip) revelou, em nota, um acordo entre as entidades para que haja um terceiro reajuste na tarifa do transporte semiurbano das linhas do Distrito Federal e Entorno.

O novo reajuste de 12% está previsto para ser implementado em fevereiro de 2024, o terceiro dentro de um intervalo de 12 meses. Desde o último domingo (13), os passageiros encaram preços 15% mais caros nas tarifas. Em março deste ano, ocorreu a implantação do primeiro aumento no valor das passagens, fixado em 12%.

A ANTT é responsável, desde fevereiro de 2023, pela gestão das mais de 400 linhas de ônibus que realizam um transporte diário de cerca de 175 mil passageiros entre os trechos.

O reajuste escalonado para o próximo ano “deve servir para que as empresas possam sair do vermelho, melhorar os serviços e honrar o compromisso com os trabalhadores, que já tiveram reajuste de salário no acordo coletivo deste ano”, aponta trecho do documento.

O transporte semiurbano entre o Distrito Federal e o Entorno não é subsidiado pelo governo e os recursos para manutenção do serviço vêm integralmente das tarifas pagas pelos usuários, diz a ANTT.

Logo após assumir o comando das linhas, a Agência optou por não conceder reajuste imediato de 40% a fim de evitar um grande impacto no bolso da população.

Desse modo, a readequação recente dos preços serve para evitar uma “grande instabilidade” no sistema de transportes.

Os índices de reajuste, como elevação nos valores de combustível, óleo lubrificante, pneus e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado dificultaram, na visão da ANTT, a manutenção do preço das tarifas.

Procurada, a ANTT negou, em nota, o reajuste de 12% previsto para 2024. “Na presente data ainda não é possível prever este percentual para o próximo ano”, informou.

A Agência destacou também que aguarda 2024 para analisar os cálculos finais após a “recente recomposição de 15% neste mês”.

Para a ANTT, a retomada do serviço representa o início do processo de recomposição tarifária pendente. “Durante os dois anos em que foi delegado ao governo local, as atualizações obrigatórias das tarifas, previstas nos contratos com as empresas, não foram implementadas, o que resultou em uma situação crítica que ameaçou o colapso do sistema de transporte”, destacou.

Reprodução – Metrópoles


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