Casal que vive no Canadá adota irmãos de 4 e 9 anos que moravam em Luziânia
Um casal que mora no Canadá adotou dois irmãos, de 4 e 9 anos, que viviam na cidade de Luziânia. A arquiteta goiana, Rita Helena, foi morar no país estrangeiro para fazer uma especialização quando conheceu o alemão Alexander Mario Reuss. Juntos há 16 anos, eles sempre souberam que queriam ter filhos por meio da adoção.
“Pesquisamos várias possibilidades de adoção. Porém, pelo fato de eu ser brasileira e manter vínculos fortes com minha terra natal, decidimos por esse caminho do processo de adoção internacional entre Brasil e Canadá”, explicou Rita.
O processo de adoção da menina, de 9 anos, e do menino, de 4 anos, durou cerca de quatro anos. Rita e Alex já pretendiam adotar irmãos com idades entre 2 e 9 anos. Além disso, o casal também queria que as crianças fossem da terra natal da arquiteta. Mas não foi fácil, o processo foi lento e caro.
De acordo com Rita, a primeira fase para a adoção ocorreu no Canadá e durou 1 ano e 4 meses. Durante as avaliações, feitas por agências credenciadas pelo governo canadense, o casal gastou cerca de US$ 30 mil. Já no Brasil, a espera foi de 1 ano e 7 meses para que a busca das crianças fosse realizada. Houve, ainda, outras etapas.
“Emocionalmente é um processo que em vários momentos se fez extenuante e estressante. Lidar com requisitos de dois países têm uma complexidade ímpar. Mas nunca pensamos em desistir, nos mantivemos firmes no nosso objetivo”, contou a arquiteta.
Esperança
Conforme a Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás, o perfil dos irmão enfrentam dificuldades para a adoção, uma vez que são negros e mais velhos. O órgão explicou que, quando as crianças são mais velhas, negras, têm deficiência ou são irmãos, esperam mais tempo para serem adotadas.
No entanto, nenhum desses fatores impediu que Rita e Alex se apaixonassem pelos irmãos. Quando as crianças foram encontradas, tiveram que passar por um período de convivência de 90 dias com o casal. Essa etapa envolveu visitas e durou ao todo seis meses. A última etapa que o casal enfrentou foi a finalização do processo de imigração para que as crianças entrassem no Canadá, aproximadamente 4 meses, totalizando os cerca de 4 anos.
“Quando chegamos no Canadá foi marcante a reação deles, de estarmos finalmente na nossa casa, no nosso lar. O sorriso ao verem o quarto deles e os abraços que davam na nossa cadela Freya foi algo marcante. Finalmente eles chegaram na casa deles e somos uma família”, ressaltou Rita.
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