Crise hídrica: Aumento nas contas de energia para o mês de outubro
Entra em vigor hoje, dia 1° de outubro, o aumento das contas de energia, uma medida baseada no baixo nível de água dos reservatórios. Com a estiagem que enfrentamos nos últimos cinco meses, essa foi a única solução que a empresa de energia encontrou para reduzir os gastos até que voltem a ocorrer chuvas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou na sexta-feira, dia 27, que a bandeira tarifária para o mês de outubro será vermelha, patamar 2. Essa mudança indica que os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) enfrentarão uma cobrança adicional na conta de luz.
Com a bandeira vermelha patamar 2, o custo será de R$7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, um aumento significativo em relação ao valor anterior de R$4,46. Essa elevação se deve a fatores como o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), impactados por previsões de baixa afluência nos reservatórios das hidrelétricas e a elevação do preço da energia elétrica.
- o risco hidrológico, quando o nível de chuvas está baixo; e
- o preço de referência da energia, que tem aumentado por conta da seca.
O risco hidrológico ocorre quando a precipitação de chuvas é abaixo do esperado, resultando em níveis reduzidos nos reservatórios, o que dificulta a geração de energia. Adicionalmente, a escassez hídrica tem pressionado o preço de referência da energia no mercado.
Desde abril de 2022, o Brasil vinha experimentando uma sequência de bandeiras verdes, que foram interrompidas em julho de 2024, quando foi acionada a bandeira amarela. Em agosto, a bandeira verde retornou, mas agora, com a bandeira vermelha patamar 1 em setembro e a nova bandeira vermelha patamar 2 em outubro, os consumidores devem se preparar para contas de energia mais altas.
Vale lembrar que a última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi em agosto de 2021, durante uma grave crise hídrica. O sistema de bandeiras tarifárias, implementado pela ANEEL em 2015, visa informar os consumidores sobre os custos da geração de energia no Brasil, refletindo a variação nos custos da produção e incentivando um consumo mais consciente.
Com a bandeira vermelha, os consumidores têm a oportunidade de se tornarem protagonistas na gestão do seu consumo energético. Ao estarem cientes de que a energia está mais cara, podem ajustar seus hábitos de consumo e, assim, evitar surpresas na conta ao final do mês.
A ANEEL destaca a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica, ressaltando que a economia de energia não só ajuda a reduzir custos individuais, mas também contribui para a sustentabilidade do setor elétrico e a preservação dos recursos naturais. A entidade reforça que cada pequeno esforço conta na construção de um futuro energético mais sustentável para todos.
Saiba quanto custa a bandeira
Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:
🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;
🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada kWh).
Jordana Gabriela – Jornal O Grito
Seja o primeiro a receber nossas notícias
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Jornal O Grito. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do O Grito, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.