“Eu só achei que ia morrer”, diz jovem arrastada por enxurrada em Cidade Ocidental
Na última quinta-feira (24), a tranquila rotina de Cidade Ocidental foi abalada por um incidente, que por pouco não se tornou numa tragédia fatal. A jovem estagiária, Ana Clara Oliveira, de 18 anos, se viu no meio de um pesadelo próximo à escola onde trabalha. A chuva repentina transformou o trajeto em um verdadeiro rio, e, em um instante, ela virou o pé e caiu, sendo imediatamente arrastada pela enxurrada.
O desespero tomou conta do momento. Câmeras registraram tudo. Dois motociclistas e um colega de trabalho, Técio Fernando, estavam próximos e, percebendo a gravidade da situação, correram para ajudá-la. A correnteza era forte e impiedosa, mas eles não hesitaram. Com coragem, conseguiram puxá-la para fora da enxurrada. Em entrevista à RECORD Brasília, Ana Clara desabafou sobre o terror que sentiu: “Achei que ia morrer. A água estava muito forte, e eu não sabia se conseguiria sair.”
Além do susto, a jovem teve duas perdas dolorosas: ela havia acabado de sacar seu salário, que se perdeu na enxurrada, além de ter perdido o seu celular. A sensação de impotência era esmagadora, e a enxurrada não trouxe apenas o medo, mas também a frustração de ver seus esforços desaparecerem em segundos. Técio, que testemunhou a cena angustiante, relatou o caos: “Quando chove, a água sobe e chega até as canelas dos moradores”.
Ana Clara, ainda abalada pela experiência, revelou que por um momento temeu pela própria vida, pois já estava sem forças devido a força da água. “Tem um buraco no final da rua. E foi a hora que eu desistir de lutar”, disse a moça, que aproveitou para agradecer aos que a ajudaram, lembrando que, em meio ao caos, a solidariedade prevaleceu.
O incidente não apenas deixou marcas emocionais, mas também um alerta sobre a necessidade urgente de melhorias nas infraestruturas do Município, para que situações como essa não se repitam.
Da redação – Jornal O Grito.
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