Desemprego no Brasil cai para 6,4% e atinge menor taxa desde 2012

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,4% no terceiro trimestre de 2024, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor índice registrado para o período desde o início da série histórica, em 2012. Apenas uma vez a taxa foi inferior: nos três meses encerrados em dezembro de 2013, quando chegou a 6,3%.

Em comparação com o segundo trimestre deste ano, quando o desemprego estava em 6,9%, o novo resultado confirma uma tendência de queda. A taxa de 6,4% ficou abaixo da média das projeções do mercado financeiro, que esperava 6,5%, de acordo com a agência Bloomberg. As estimativas variaram entre 6,4% e 6,6%.

A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, explicou em nota que a retirada do desemprego reflete a “expansão contínua dos contingentes de trabalhadores demandados por diversas atividades econômicas”. Segundo o instituto, o número de desempregados foi estimado em 7 milhões no terceiro trimestre, uma redução em relação aos 7,5 milhões de contribuições nos três meses anteriores. Esse grupo inclui pessoas com 14 anos ou mais que estão sem trabalho e buscam novas oportunidades. Aqueles que não estão procurando emprego, mesmo sem estarem ocupados, não são contabilizados nas estatísticas oficiais de desemprego.

O desemprego atingiu 6,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, mas o IBGE evita comparações diretas entre intervalos que coincidem meses, como os períodos encerrados em agosto e setembro, que compõem o terceiro trimestre.

Desde a pandemia, o mercado de trabalho no Brasil vem apresentando sinais de recuperação, o que tem impulsionado o Produto Interno Bruto (PIB). Esse movimento positivo, embora favoreça a economia e o consumo das famílias – um dos principais motores da atividade econômica – também pode trazer pressão sobre a inflação. Os economistas destacam que o aumento da demanda por bens e serviços pode gerar um efeito colateral: o encarecimento dos preços, colocando desafios para o controle da inflação.

Da redação – Jornal O Grito.


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