Carne deve ficar ainda mais cara na mesa do brasileiro
A arroba do boi gordo atingiu R$ 326,30 nesta semana, o maior valor registrado desde maio de 2022, impulsionando a maior alta mensal do preço da carne nos açougues e supermercados dos últimos quatro anos. A tendência é que os preços elevados se mantenham até o fim do ano, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de outubro apontando um aumento de 5,81% nos cortes de carne, impactando o índice de inflação geral em 0 ,14 pontos percentuais.
O preço das carnes subiu 5,8% em outubro, liderando a alta da inflação de alimentos, que registrou um aumento de 1% no mês, segundo o IBGE. Entre os cortes mais afetados, o acém teve alta de 9,09%, a costela subiu 7,40%, o contrafilé 6,07% e a alcatra 5,79%. Essa elevação nos preços das carnes já vinha sendo sentida em setembro, quando a inflação do item registrou alta de 2,97%. Nos últimos dois meses, o aumento acumulado chega a 8,95%, afetando diretamente o orçamento dos brasileiros.
Segundo André Almeida, gerente de pesquisa de inflação do IBGE, três fatores explicam a alta expressiva das carnes: mudanças climáticas que comprometem a produção, menor oferta de animais para redução e aumento nas exportações, ou que prejudicam a oferta no mercado interno. Em outubro, o impacto das carnes na inflação ficou para trás na energia elétrica.
Além das carnes, outros alimentos também tiveram aumento, como o tomate (9,82%) e o café moído (4,01%). Em contrapartida, alguns itens, como mangá (-17,97%), mamão (-17,83%) e cebola (-16,04%), registraram queda nos preços.
Com a inflação de alimentos acumulando alta de 1,22% em outubro, o impacto sobre o orçamento das famílias brasileiras preocupante, e a tendência de oscilação nos preços devem se manter nos próximos meses.
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