Famílias descobrem 3 anos depois que filhos foram trocados na maternidade, em Inhumas

Duas famílias denunciaram que seus filhos foram trocados ao nascerem no Hospital da Mulher, em Inhumas, Região Metropolitana de Goiânia. A descoberta aconteceu após um exame de DNA solicitado por Cláudio Alves, pai de uma das crianças, que queria confirmar a paternidade após o término de seu relacionamento com Yasmin Kessia da Silva, de 22 anos. O exame revelou que Cláudio não era o pai biológico, e Yasmin também descobriu que o menino não era seu filho.

A troca foi confirmada em uma contraprova realizada no final de outubro de 2024. Yasmin conseguiu localizar outra família envolvida, Isamara Cristina Mendanha, de 26 anos, e Guilherme Luiz de Souza, de 27, por meio de um pastor. Os exames feitos pelo casal também mostraram que o filho com quem convive não é biológico.

Bebês Trocados ao Nascer
Os meninos nasceram no mesmo dia, 15 de outubro de 2021, com apenas 14 minutos de diferença, às 7h35 e às 7h49. De acordo com o advogado das famílias, Kuniyoshi Watanabe, os exames confirmaram a troca, mas a comprovação dos pais biológicos depende de autorização judicial.

Cláudio, que criou o menino como seu filho, desabafou sobre o impacto da descoberta. “É um choque muito grande. Ele me chama de pai. Somos uma família só. O que queremos agora é paz e uma solução para essa dor imensa”, afirmou.

Famílias Descobrem Troca de Bebês em Hospital de Inhumas Três Anos Após Nascimento
Meninos foram trocados após o nascimento em hospital de Inhumas, Goiás, denunciam pais — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Em nota, o Hospital São Sebastião de Inhumas, responsável pela gestão do Hospital da Mulher, informou que está colaborando com as investigações e forneceu documentos e informações necessárias para esclarecer os fatos.

A Polícia Civil declarou que o caso está sob sigilo, mas confirmou que os envolvidos foram ouvidos e as diligências estão em andamento para apurar a dinâmica e autoria do erro.

O advogado das famílias sugeriu que a decisão sobre a convivência futura das crianças fique nas mãos da Justiça. “Acredito que no fim do processo, essas crianças terão dois pais e duas mães”, concluiu.

As famílias aguardam uma resolução que minimize os danos emocionais provocados por essa troca, enquanto o caso continua sendo investigado.

Da redação – Jornal O Grito.


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