Justiça condena Caiado por abuso de poder político e cassa registro de Mabel, prefeito eleito de Goiânia
Uma decisão liminar da Justiça Eleitoral de Goiás, proferida nesta quarta-feira (11), condenou o governador Ronaldo Caiado (União) por abuso de poder político e cassou o registro do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União). Ambos foram declarados inelegíveis há oito anos, assim como Cláudia Lira (Avante), vice de Mabel. A decisão, de primeira instância, foi proferida pela justiça Maria Umbelina Zorzetti e ainda cabe recurso.
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) informou que ainda não recebeu o documento e, por isso, não foi definido quem deve assumir a prefeitura enquanto o processo segue em andamento. Até a última atualização desta reportagem, a equipe de Ronaldo Caiado também não havia se manifestado sobre as implicações da decisão para a gestão estadual ou municipal.
A investigação que levou à decisão foi iniciada após denúncia do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral), que acusou Caiado e Mabel de abuso de poder político pelo uso do Palácio das Esmeraldas, sede do governo, em eventos de apoio à candidatura de Mabel. Além da inelegibilidade, os três condenados deverão pagar multas:
- Ronaldo Caiado : R$ 60 mil
- Sandro Mabel : R$ 40 mil
- Cláudia Lira : R$ 5.320,50
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), protocolada pela chapa do candidato adversário Fred Rodrigues (PL), reuniu que os eventos realizados nos dias 7 e 9 de outubro, no Palácio das Esmeraldas, reuniram suplentes de vereadores e lideranças políticas. Segundo o MP Eleitoral, esses encontros, amplamente divulgados nas redes sociais e na mídia, tiveram “nítido caráter político-eleitoral” e comprometeram a legitimidade e a normalidade do pleito.
A ação solicita a inelegibilidade, a cassação dos registros de candidatura ou diplomas, além do pagamento de multa, e teve total concordância do MP Eleitoral. O parecer destaca que, mesmo sem especificar a quantidade de participantes diretamente impactados, a gravidade dos eventos e sua ampla repercussão configuram o abuso de poder político.
Da redação – Jornal O Grito.
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