Natal de Esperança: Ação leva dignidade e acolhimento a mulheres em presídio de Luziânia

A Organização da Sociedade Civil (OSC) Ame Mulheres Esquecidas (A.M.E) realizou uma celebração natalina na Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia (GO), beneficiando 62 mulheres privadas de liberdade, incluindo três grávidas. O evento contou com um almoço especial, louvores, adoração, sobremesas e brindes, promovendo dignidade, acolhimento e esperança para mulheres que não puderam passar o Natal com suas famílias. O chef Marcelo Petrarca e a empresária Gabrielle Moura contribuíram com refeições e sobremesas para a ocasião.

As mesas montadas no pátio, decoradas com enfeites natalinos, simbolizaram um gesto de dignidade e acolhimento. Segundo a fundadora da A.M.E, Shaila Manzoni, o objetivo da ação foi reafirmar o respeito às mulheres em privação de liberdade e contribuir para sua ressocialização. Ela destacou que, para muitas, foi a primeira vez que se sentaram à mesa para uma refeição, reforçando a mensagem de que todas são dignas de cuidado e transformação.

Breno Esaki/Metrópoles
Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A A.M.E atua desde 2020 com ações que incluem capacitação profissional, evangelização e apoio emocional. Além de visitas regulares aos presídios, o grupo oferece suporte às mulheres egressas, como kits de reintegração, auxílio financeiro e parcerias para emprego. Em quatro anos, a organização registrou apenas três casos de reincidência entre as 850 mulheres libertadas, comprovando o impacto do projeto.

Jussara Marina, ex-detenta apoiada pela A.M.E, contou que conseguiu se formar em matemática e transformar sua vida graças ao suporte do grupo. Já uma reeducanda destacou que o projeto significa “luz no fim do túnel” e oferece a motivação necessária para mudar sua trajetória.

A diretora da unidade, Luana Rayka, destacou a importância de iniciativas como a da A.M.E para reduzir a reincidência, lembrando que muitas mulheres chegam ao presídio abandonadas por suas famílias. Ela reforçou que a ressocialização é essencial para oferecer novas oportunidades e evitar o retorno ao crime.

Com menos de 1% de reincidência, a A.M.E busca expandir suas ações para alcançar todos os presídios femininos do Brasil, promovendo dignidade, transformação e segurança para a sociedade. Segundo Shaila Manzoni, o sonho é fazer do Brasil um país reconhecido pela ressocialização efetiva e menor índice de reincidência do mundo.

Da redação – Jornal O Grito.


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