Oscelina, empregada doméstica baleada por delegado recebe alta após 40 dias internadas
Oscelina Moura de Oliveira, 45 anos, recebeu alta do Hospital de Base nesta terça-feira (25/2), após ser baleada pelo delegado Mikhail Rocha Menezes no dia 16 de janeiro. Oscelina foi atingida no abdômen, perdeu um rim e passou por três cirurgias antes de deixar o hospital.
Apesar da alta, sua recuperação continua. Ela ainda não consegue andar sozinha e utiliza uma bolsa de colostomia, que poderá ser retirada futuramente. “Vou continuar vindo ao hospital para acompanhamento. Se tudo der certo, logo me verei livre dela”, relatou Oscelina.
O chefe do setor de Trauma do Hospital de Base, Renato Lins, explicou que, no momento da chegada ao hospital, a vítima estava em estado grave e precisou de cirurgia de emergência devido à extensão das lesões. Durante a internação, uma equipe multidisciplinar – incluindo cirurgiões, intensivistas, fisioterapeutas e psicólogos – acompanhou seu tratamento, e sua passagem pela UTI foi essencial para sua recuperação.
Oscelina relembra os momentos de terror que viveu. Naquela manhã, estava no trabalho com seu filho quando ouviu os gritos de socorro da patroa. Ao sair, viu que o delegado já havia baleado Andréa e, em seguida, virou a arma contra ela. Tentou fugir para onde seu filho estava escondido, mas foi atingida nas costas.
Seu filho foi o primeiro a socorrê-la, improvisando um curativo com sua blusa para estancar o sangramento. Em seguida, ligou para o pai, Davi Roque Ribeiro, 52 anos, que entrou em desespero ao receber a notícia. O Corpo de Bombeiros foi acionado e levou Oscelina ao Hospital do Paranoá, mas, devido à gravidade do caso, ela foi transferida de helicóptero para o Hospital de Base, referência em cirurgias de trauma.
Oscelina lembra do momento em que retomou a consciência na UTI. “Perguntei o que tinha acontecido, pois lembrava do tiro. Meu marido me contou e eu agradeci a Deus por estar viva.”
Com a alta, a felicidade tomou conta da família. “O dia mais feliz, sem dúvida, foi hoje. Estou sem palavras para descrever, só gratidão!”, disse Davi.
Oscelina seguirá em tratamento, mas sua história já é considerada um verdadeiro milagre.
Com informações: IgesDF
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