Dupla que matou Jacob Vieira da Silva vai a júri popular em Santa Maria
O Tribunal do Júri dos acusados pelo assassinato do policial militar da reserva Jacob Vieira da Silva, de 60 anos, teve início na manhã desta quinta-feira (10/4), em Santa Maria. O corpo da vítima foi encontrado enterrado em uma cisterna, em julho de 2023, na chácara de um dos investigados, localizada na Cidade Ocidental (GO).
As investigações da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) apontam que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 750 mil que Mateus Nascimento e Bruno Oliveira Ramos — enteado de Jacob — tinham com o policial. Antes de ser apontado como suspeito, Mateus chegou a declarar à polícia que teria se encontrado com Jacob no dia do desaparecimento, afirmando ter entregue R$ 15 mil referentes aos juros de um empréstimo de R$ 150 mil.
Jacob e Mateus se conheceram por meio de Bruno, cerca de três meses antes do crime. Mateus rapidamente se tornou homem de confiança do PM e já possuía antecedentes criminais por estelionato, dano, desacato e falsificação de selo público. O delegado Renato Ribeiro Martins, responsável pelo caso, revelou que a vítima foi atraída para uma emboscada com o pretexto de receber uma parcela da dívida. Após ser esganado até perder a consciência, Jacob foi executado com dois tiros na cabeça e jogado em uma cisterna.
A polícia chegou ao local onde o corpo foi encontrado após denúncia anônima relatando mau cheiro vindo da chácara. A investigação também revelou que Jacob havia emprestado R$ 600 mil a Mateus em quatro transferências bancárias. Bruno, porém, negou saber da existência da dívida.
Bruno e Jacob trabalhavam juntos há cerca de seis anos na Cooptrocid-GO, cooperativa de transporte da qual o policial era um dos proprietários. No dia do desaparecimento, Jacob deveria fazer uma vistoria em um ônibus em Planaltina (GO), mas teria recebido uma ligação informando que a vistoria aconteceria, na verdade, na Cidade Ocidental.
Câmeras de segurança do condomínio onde Jacob morava registraram seus últimos passos. Nas imagens, aparece um Ford Ka branco — mesmo modelo e cor do carro de Mateus — indo buscá-lo. No entanto, a placa era clonada e o veículo não possuía os adesivos característicos do carro do suspeito.
Da redação – Jornal O Grito.
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