Fraude no INSS: Mais de R$ 6 bilhões foram desviados de aposentados e pensionistas
Uma das maiores fraudes da história do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) veio à tona nos últimos dias. Mais de R$ 6,3 bilhões foram desviados diretamente de aposentados e pensionistas por meio de descontos indevidos nos benefícios. A investigação revelou que associações e sindicatos firmaram acordos com o INSS para realizar cobranças automáticas, sem a autorização dos beneficiários.
De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), o esquema envolvia promessas de assistência jurídica, planos de saúde e descontos em academias, benefícios que, na prática, nunca foram entregues. Para efetivar os descontos, os fraudadores utilizaram documentos falsos, assinaturas forjadas e simulações de consentimento.
A apuração identificou o envolvimento de servidores públicos que agora respondem a processos por crimes como corrupção, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. O presidente do INSS foi exonerado em meio às investigações.
Segundo a CGU, os desvios começaram em 2019, mas se intensificaram a partir de 2023, com R$ 1,2 bilhão desviados apenas naquele ano e R$ 2,8 bilhões em 2024. O montante de 2025 ainda está sendo calculado.
Como verificar possíveis descontos indevidos
Os beneficiários podem verificar se sofreram descontos não autorizados acessando o aplicativo ou o site “Meu INSS”. Basta consultar o extrato de pagamento do benefício e observar se há lançamentos de “mensalidade associativa” ou “desconto de associação”.
Caso identifiquem cobranças irregulares, é possível solicitar o bloqueio ou a exclusão da mensalidade diretamente pelo aplicativo, pela Central 135 ou em uma agência do INSS. Para solicitar o estorno dos valores descontados, é necessário enviar um e-mail para o endereço: acordo.mensalidade@inss.gov.br.
Da redação – Jornal O Grito.
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