Pábio Mossoró questiona falta de autonomia para negociar concessões feitas pela Saneago em Valparaíso
O prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), criticou a falta de autonomia para negociar concessões de saneamento básico sem a intermediação da Companhia Saneamento de Goiás S/A (Saneago). Segundo ele, a empresa “deixa muito a desejar” em termos de investimento local e preparação de concessões.
Segundo Pábio, isso atrapalha a meta de atender 90% da população com coleta e tratamento de esgoto até 2033, estabelecida no marco legal do saneamento básico (Lei 14.026/2020). “Valparaíso de Goiás deve buscar autonomia em termos de saneamento básico para cumprir as normas do Marco Legal do Saneamento”, disse.
O prefeito também criticou a Saneago pela falta de investimentos e por não lidar bem com as concessões dos municípios do entorno de Brasília. “Hoje temos uma concessão que não alterou o contrato. A Saneago também está disposta a fazer outras concessões, mas há muito a desejar”, disse Mossoró.
A Saneago afirmou ter demonstrado a sua capacidade econômica e financeira e estar bem posicionada para atingir os objetivos estabelecidos no quadro legal de saúde subjacente. “Em Valparaíso de Goiás, o sistema de água atende toda a população. A empresa também está trabalhando na universalização do acesso ao saneamento”, afirmou em nota.
A empresa destacou que é parceira das prefeituras e mantém um “diálogo permanente” com prefeitos de todas as cidades, inclusive as do entorno do Distrito Federal. Além de destacar que desde 2019 já investiu mais de 2 bilhões de reais em obras no estado. Isso deixa Goiás com 98% da população usando água tratada e 69% usando esgoto, o que é superior à média nacional (84% e 54,9%).
A Saneago também explicou que contratou e desenvolveu seis projetos de esgotamento sanitário de grande porte para o município de Goiás no entorno da capital federal. “Essas obras estão divididas em 26 fases, uma das fases mais icônicas é a implantação da estação de tratamento de esgoto de Santa Maria, com investimento estimado em mais de 70 milhões de reais, sendo que a empreitada já está em andamento”, disse a empresa, lembrando que o plano já custou mais de 8 milhões de reais.
Victor Souza – Jornal O Grito.