Comícios eram muito mais saudáveis do que grupos de WhatsApp

O eleitor mais saudosista certamente lembra-se dos “showmícios” que marcaram os períodos eleitorais no passado. O “showmício” era um ato público onde um político ou um candidato a um cargo político expunha suas ideias ao eleitor acompanhado por artistas musicais para atrair um público maior. Os “showmícios” (felizmente ou infelizmente) foram proibidos no Brasil em campanhas eleitorais com a sanção da Lei nº 11.300, de 10 de maio de 2006.

Em nossa região, mais especificamente em Cidade Ocidental-GO, se tivemos a chance de assistir à apresentação de grandes artistas de renome nacional foram graças aos “showmícios”. Mas nem precisava ser tão famoso, bastava ter um show para animar a cidade.
Superado o fim dos “showmícios”, restaram-nos apenas os comícios e muitos apostaram que seria a coisa mais chata ir apenas ouvir ideias de candidatos sem uma atração artística, sem a animação que os tais “showmícios” dispunham. E por incrível que pareça os comícios, mesmos sem musicais, parecem que já estão fazendo falta nesse pleito eleitoral de 2020.

Em função da pandemia do COVID-19, o calendário eleitoral de 2020 foi alterado e a campanha iniciou-se no domingo dia 27 de setembro. Muitos candidatos terão cuidado com as aglomerações e estão realizando contatos pontuais e reuniões reduzidas. O foco tem sido as redes sociais, com muito material digital.

O Facebook, o Instagram, o Twitter e, especialmente, o WhatsApp, têm sido os meios de comunicação mais utilizados pelos agora candidatos a prefeito e vereadores que concorrem aos cargos públicos.

Mas convenhamos, os comícios eram muito mais saudáveis do que os grupos de WhatsApp. Será que existem eleitores a serem conquistados no WhatsApp? Em nossa cidade existem grupos de WhatsApp em que praticamente todos os candidatos a prefeito e vice-prefeito fazem parte e os assuntos que circulam são para a disseminação de boatos ou até mesmo ataques diretos às candidaturas adversárias. Faz parte do jogo infelizmente!

As lives devem substituir os comícios, mas antes uma live pelo YouTube, Instagram ou Facebook do candidato do que ficar recebendo fotos e vídeos no WhatsApp ou sendo adicionado em grupos de apoiadores ou detratores que espalham Fake News de opositores.

Por: Carlos Magno Oliveira

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