Homem é encontrado morto após confusão em festa de Ano-Novo em Valparaíso de Goiás

Uma família está à procura de respostas após um homem de 30 anos ser encontrado morto perto de uma boate no Jardim Oriente, em Valparaíso (GO), na madrugada desta segunda-feira (1º/1). O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).

Anderson Davidis Teixeira estava na boate para comemorar a virada de ano e o próprio aniversário. No entanto, o que era para ser uma noite de celebração terminou de maneira trágica.

Em depoimento à PCGO, uma amiga que acompanhava Anderson contou que ele teria sido agredido e expulso da festa com chutes, murros e socos desferidos por cerca de quatro seguranças, pois teria tentado acessar o camarote da boate.

A amiga da vítima acrescentou que, no momento das agressões, ela havia se abaixado para procurar o celular de Anderson, que tinha caído ao chão, mas, ao se levantar, não o encontrou mais.

A depoente chegou a procurar pelo amigo nas redondezas da casa noturna, mas também não o achou. Ao retornar para a boate, um garçom teria dito que alguém parecido com Anderson havia sido encontrado morto em local próximo. No entanto, não soube dizer onde estaria o suposto corpo.

Sem saber a quem pedir mais informações, a amiga da vítima disse à polícia que pediu um carro por aplicativo para ir para casa e que, como estava com o celular de Anderson, entrou em contato com a família dele para relatar o ocorrido.

Testemunhas chegaram a acionar a Polícia Militar de Goiás (PMGO) para informar sobre um homem caído em via pública e que aparentava estar sem sinais vitais. No Instituto de Medicina Legal (IML), os parentes de Anderson confirmaram se tratar do jovem.

Imagens de câmeras de segurança próximas à boate gravaram o momento em que um homem cambaleava ao caminhar pela região. Pouco depois, ele perde o equilíbrio e caí ao chão.

Acionado para socorrê-lo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local. O corpo da vítima não tinha sinais de violência, segundo os socorristas.

A certidão de óbito de Anderson detalha que a causa da morte depende de esclarecimentos por meio de exames complementares.

Em nota, a PCGO informou que abriu inquérito sobre o caso e que investiga o fato. “O dono do estabelecimento foi ouvido, e foi solicitado laudo pericial para verificação da causa da morte”, comunicou a corporação.

Família sem respostas

Ao Metrópoles uma prima de Anderson, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que a família ficou sem acreditar ao receber a notícia e que desconfiam de agressões por parte dos seguranças da boate.

“O sentimento é de revolta e tristeza profunda pela forma como soubemos do ocorrido. Anderson era uma pessoa muito nova que teve os sonhos interrompidos. Também estamos rodeados de dúvidas por não saber o que, de fato, aconteceu”, contou a jovem de 24 anos.

A reportagem entrou em contato com o estabelecimento onde o jovem estava, e os responsáveis pelo local negaram ter havido agressões por parte da equipe da boate. O dono da casa noturna afirmou que Anderson teria sido retirado do local após supostamente gritar com uma segurança que o havia proibido de subir para o camarote.

O empresário relatou que o cliente parecia estar alterado, mas saiu andando da casa noturna. Horas depois, um promotor de eventos da boate teria sido informado por um policial sobre a morte do jovem, que usava uma pulseira da festa.

“Assim que soubemos, fomos atrás da menina que estava com ele. Ela ainda estava na rua da boate. Não acreditamos que ele poderia estar morto, porque ele saiu de lá andando. Fui à delegacia ontem [terça-feira] prestar explicações, mas fui informado de que a vítima foi encontrada sem vida e sem sinais de agressão”, destacou o dono da casa noturna.

Reprodução – Metrópoles
Foto: Reprodução/Facebook


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