Com GT para o transporte do DF criado, Goiás busca evitar reajuste de 10% previsto para o final de fevereiro

O Grupo de Trabalho (GT) que vai discutir a reformulação no transporte coletivo do Distrito Federal foi finalmente criado. A publicação no Diário Oficial da União (DOU) foi feita no dia 8 de fevereiro e agora o colegiado irá discutir de maneira institucional os mecanismos que vão pautar a remodelação do serviço. Em um primeiro momento, passa pelos planos do governo de Goiás segurar o reajuste de 10% previsto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o final de fevereiro.

“O interesse de Goiás é tentar evitar mais um aumento da tarifa. Estamos discutindo com a ANTT e o Ministério dos Transportes para que o aumento fique para depois dessas discussões, mas a ANTT está relutante e disposta a aumentar ainda em fevereiro”, salienta ao Mais Goiás o subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte da Secretaria Geral da Governadoria, Miguel Angelo.

Apesar da resistência da ANTT em segurar o reajuste, Miguel acredita no “bom senso” da agência e do Ministério dos Transportes. “O objetivo é ter o prazo para buscar a solução emergencial para a questão do aumento e de médio a longo prazo para uma solução definitiva para o entorno”, assegura. A medida é um dos principais objetivos do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) para o seu segundo mandato.

Miguel explica que, em um primeiro momento, o Grupo de Trabalho vai conhecer como funciona a dinâmica do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia. Com reformulação iniciada a partir de um projeto de lei sancionado por Caiado, no fim de 2022, governo de Goiás, prefeitura de Goiânia, Aparecida e Senador Canedo dividem os custos operacionais do serviço. O resultado é o investimento em novos produtos e o congelamento da tarifa que vai para 5 anos.

Atualmente, os quatro entes financiam o sistema metropolitano que é composto por 21 municípios. “Iremos fazer uma apresentação sobre como funciona a região metropolitana de Goiânia e receberemos o pessoal do Ministério dos Transportes na capital para eles conhecerem o sistema da unidade metropolitana, que é o que precisamos no entorno, pois envolve mais de um ente federativo”, destaca. O GT também irá conhecer o sistema em Curitiba. “Com base nessas duas realidades, buscar uma solução para o entorno”, destaca.

O Grupo de Trabalho possui doze integrantes. São dois representantes da Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério das Cidades; 2 da Subsecretaria de Parcerias do Ministério dos Transportes; 2 da Agência Nacional de Transportes Terrestres; Dois da empresa Infra S.A; 1 da Secretaria de Estado do Entorno do Distrito Federal do Governo de Goiás; 1 da Secretaria Geral do Governo de Goiás e 2 da  Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal.

O Grupo de Trabalho terá prazo de duração de 6 (seis) meses, prorrogável por mais 3 (três) meses, a pedido do colegiado. Ao final, um relatório será apresentado ao secretário Executivo do Ministério dos Transportes. 

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